Imensas áreas no interior da cidade de São Paulo são reservadas aos sepultamentos e à guarda de restos mortais no solo, e esta prática acarreta contínua poluição ambiental atingindo o lençol freático, e causando constante contaminação das águas subterrâneas.

A reconfiguração desses espaços liberaria parte significativa dessas áreas para instalação de parques, jardins, um ganho imenso para a cidade e sua população.

Propõe-se duas áreas distintas no mesmo terreno, uma parte para implantação do cemitério vertical e seus jardins e outra, mais ampla, destinada ao parque, ambas com acessos separados.

O plano traz em cada projeto condições semelhantes de implantação com edifícios, construções e jardins organizados em módulos que se repetem e se reorganizem em função das dimensões e qualidades de cada uma das quartas áreas escolhidas.

Cada projeto avalia as características históricas, a qualidade do patrimônio artístico e arquitetônico construído, a localização no contexto da cidade, a distância dessas áreas frente aos espaços públicos verdes já existentes e os acessos ao transporte coletivo.

O Brasil possui mais de 40 mil espécies vegetais em processo de catalogação no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, isto é quase 20% de toda a flora do planeta.

A estruturação em jardins botânicos propicia à população ter contato com essa imensa biodiversidade de espécies vegetais brasileiras. A ideia é que essas áreas comportem bancos de espécies alimentícias e medicinais, e apontar o potencial das atuais e futuras pesquisas das propriedades curativas e medicinais da flora brasileira, mudando a energia destes espaços.